terça-feira, 17 de abril de 2012

Dizem que o melhor da vida são as crianças, outros dinheiro, outros equilibrio.
 Para mim, talvez seja, a familia, os amigos, os dias curtos e longas noites.
Propus-me a desmontar as camas, e a montá-las. Não é que o grau de dificuldade seja alto, mas o simples compromisso, já me deu alento. Se consigo desmontar uma cama, o céu é o limite. Com meu jeitinho, pouco delicado, consegui desapertar todos os parafusos, separar as madeiras, não arrancar as buchas. Coloquei tudo arrumado, duma maneira, desconhecida minha. Varri o chão, lavei-o com o produto especial, dei-lhe com o cheirinho. No fim, sorri de felicidade. Afinal, tinha conseguido. Afinal, eu só preciso de me contrariar e no alto do meu metro e meio, afinal até sou grande.
Não quer isto dizer, que excluo os outros factores, mas numa altura que a paciência\vontade entra em colapso com a preguiça\apatia. Não apetece, isto nem aquilo, nada me prende, lá vou andando, desta vez de transportes públicos. Sim, rendi-me a essa rede. Aos poucos, misturo-me. Custa-me tanto, estar ali. Mais uma vez, supreende, há muito tempo que não olhava ao meu redor, e que falta me fazia.
 Há quanto tempo deixei eu de acreditar nelas?
Sometimes I miss the Show

E não importa, consegui a primeira parte. Escolhi os destinos. Resta escolher o que fazer... mas esta ideia de liberdade, de solidão apetecível, o plano que se faz que nunca se cumpre, extasiam-me.
Não sei o que será melhor: se viver ao momento, ou planear, desejar, e atingir.  

Madrid-Ljubljana-Budapeste-Veneza
YES, I CAN!!!
(sem ti, e sem ti, e muito menos contigo!)

segunda-feira, 2 de abril de 2012

Depois de ter passado 48 horas com um ouvido entupido, não há sentimento mais aliviante o momento em que o simples assoar faz com que liberte a obstrução, e finalmente, oiça normalmente.
Tão depressa veio como foi, mas aquela sensação de mono-stereo, por um lado facilitava-me a comunicação com  o exterior, tornando-a mais fácil de suportá-la.
Ouvidos que não ouvem, hão-de ser como olhos que não veem. E, claro está, coração que não sente. 
Chamaram-me tangas, que vivo numa realidade só minha e não aceito a realidade que está à minha frente. Sempre tive um big fish dentro de mim, confesso, mas tangas, esta é nova...tão nova que ando a pensar nisto dia e noite. Tangas?! Tentei sempre não julgar as pessoas, acho que não o devo fazer, não tenho legitimidade... embora, esta minha capacidade me fuja, às vezes, tento não o fazer. Faz parte de mim, faz parte da minha essência, jogo com o jogo virado para cima, e sigo as minhas motivações. Não prejudico ninguém a não ser a mim própria, e nem sempre fico a ganhar, rebaixo-me porque sigo o meu coração, engano-me porque acredito que é mais fácil assim, mas tangas? Dá-me uma certa satisfação que façam juízos acerca de mim, certos e errados. Sim, não é fácil ser-se a minha pessoa, mas aposto que a tua vida é tão ou mais bonita de se viver que a minha.
No mesmo dia, chamaram-me pessimista. Sempre preferi evitar o bem te avisei, não é ser pessimista, é ser cuidadosa. Isto a somar ao mitra... rebelde, como o meu pai me chama.
É tão mais fácil julgarmos o que está à nossa volta, do que em nós mesmos.
Fico feliz de reconhecer as minhas fronteiras, fico ainda feliz de ser como sou.
Comecei a ver isto ontem. Claro que o cansaço e a comodidade do meu sofá falaram mais alto, e passado uma hora, já me encontrava entregue ao sono.
Prendeu-me, quanto mais não fosse, porque os diálogos são tão reais, que me identifiquei com eles. Boa luz, boa história. A Rita fantástica. Cada vez gosto mais dela.
Só quero sair do trabalho e ir a correr para casa acabar de ver.